O primeiro-ministro voltou esta terça-feira a comentar a polémica em torno da paragem de Falcon na Hungria para ver a final da Liga Europa ao lado de Viktor Orbán. “São críticas injustas, é verdade que fiquei ao lado do senhor Orbán, mas porque me recusei a ficar ao seu colo, como começou por sugerir a UEFA”, esclarece Costa.
Em causa está o convite de última hora por parte da UEFA, que não sabia que o primeiro-ministro ia passar por ali. “Só soubemos em cima do jogo, os lugares estavam todos ocupados, não o íamos pôr a apanhar bolas”, explica Simplício, da UEFA, “segundo o protocolo, não existindo lugar ao lado do anfitrião, o homólogo deve ficar ao seu colo”.
Perante este cenário, o chefe do Governo português ter-se-á recusado, invocando questões políticas e de direitos humanos. “Não me importaria de ficar ao colo, por exemplo, do chanceler Scholz, se o jogo fosse na Alemanha, mas ao colo deste não”, acrescenta António Costa, que acabou por conseguir um lugar.
“Lá se resolveu, porque o senhor Viktor atirou a pessoa que tinha ao seu lado do camarote”, recorda Simplício, “ele disse que queria ver o jogo e resolveu o problema”.