[the_ad id=”10494″] Há poucas horas em liberdade, o Imprensa Falsa conseguiu uma entrevista com a hérnia umbilical que estava encarcerada no Presidente da República. Esta é a primeira vez que a hérnia fala e não fugiu a nenhuma pergunta. Sobre Marcelo, ainda não tem saudades mas guarda amizade pelo Chefe de Estado.
Imprensa Falsa: Quando é que decidiu que queria sair?
Hérnia: Foi no dia anterior à cirurgia. Nesse aspecto, eles foram muito rápidos. Tenho de agradecer a todas as pessoas envolvidas, desde médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar, foi tudo muito rápido. Menos de 24 horas depois de eu dizer que não aguentava mais e que tinha de sair dali, já estava cá fora.
IF: O que a levou a tomar esta decisão?
H: Ó filho, eu estava encarcerada. Tu já estiveste encarcerado?
IF: Mas estava encarcerada no senhor presidente da República…
H: Podia ser no Papa Francisco ou até mesmo na Dona Dolores. Era uma situação insustentável. Tu se tivesses estudado percebias.
IF: Eu entendo, mas de alguma forma deu mais um tempo por se tratar do Presidente?
H: Não. Eu não me meto em política e trato as pessoas todas da mesma maneira. Para mim, um umbigo é um umbigo.
IF: Isso significa que o estilo de vida do Chefe de Estado não pesou na decisão de pedir para ser retirada?
H: Pesou. Pesou bastante. Claro que sim. Se ele não fosse aquela bola de flippers, eu ainda lá estava no meu cantinho. Mas aquilo não se aguenta. Ele não dorme, mas eu preciso de descansar. E dizia-lhe várias vezes para ir para a cama e ele nada.
[the_ad id=”10494″] IF: Como é que uma hérnia diz à pessoa para ir para a cama?
H: Damos-lhe um aperto. Até ganem. Deitam-se logo. Menos este. Este eu dava-lhe um aperto e ele dava-me um aperto a mim, era esquisito.
IF: Nunca lhe pediram para tentar aguentar?
H: Tentaram. Nomeadamente uma colega minha que está nas costas dele. Vinha com aquela conversa, que eu podia tentar habituar-me e que ele entretanto também devia acalmar, porque eles ao início gostam de mostrar serviço, mas eu não podia esperar mais.
IF: Tendo conseguido o que queria, quais são agora os seus planos e os objectivos para o futuro?
H: Bom, para já vou descansar (risos).
IF: Imagino que precise…
H: Sim, agora vou tirar uns dias, fazer uma viagem, ler, mas ler devagar e com tempo, não é como se lia ali dentro, tudo a correr, quarenta livros numa noite. Depois não sei, já vi que estou com sondagens boas, acabei por beneficiar da popularidade do Presidente, talvez equacione uma candidatura às legislativas.
IF: Mas ainda há pouco disse que não se metia em política.
H: Ah, isso aprendi com ele. Consigo dizer várias coisas ao mesmo tempo, mesmo que díspares. Vamos lá… eu disse que não me metia na política de um ponto de vista da intriga e da fofoca, mas quando se trata do futuro do meu país e se acredito que posso dar um contributo, então é o meu dever participar.
IF: Mas a senhora é uma víscera!
H: Já tiveste coisas piores a candidatarem-se e provavelmente votaste nelas!
IF: No caso de ser eleita, como é que seriam as relações com o Presidente da República, uma vez que saiu de dentro dele?
[the_ad id=”10494″] H: Seriam excelentes, porque nós damo-nos muito bem. Não podemos é viver juntos, mas essa questão está resolvida.
IF: Muito bem, felicidades e obrigado por esta entrevista, a primeira desde que está cá fora.
H: Ora essa, eu é que agradeço, gosto bastante do Imprensa Falsa, porque as pessoas não sabem mas as hérnias também gostam de rir. Não parece, mas somos até bastante divertidas.
IF: Só mais uma questão: O que é que dizem os seus olhos?
H: Eu não tenho olhos.
IF: Mas se tivesse…
IF: Se tivesse seria na mesma sempre a boca a dizer as coisas. Nunca percebi essa. É como eu perguntar-lhe “o que é que vê a sua boca?”.