É mais uma novidade da nova lei da nacionalidade. Os portugueses que chegam a horas aos sítios, que não se queixam de nada ou têm algumas poupanças vão perder automaticamente a nacionalidade portuguesa.
“Não é preciso verificarem-se os três pressupostos, basta um deles”, explica Simplício, autor da lei, “suponhamos que um indivíduo chega a uma combinação dez minutos antes da hora marcada… não sei o que é, mas português não é”.
Sobre a nacionalidade com que fica quem se vir nesta situação, o Governo não quer saber. “Não é connosco, fica apátrida até arranjar outra nacionalidade”, adiantam.
Quanto às poupanças, será automático. “Quem conseguir amealhar algum dinheiro, não sei o que é, mas português é que não é”, acrescenta Simplício, que apesar de ser o autor desta lei, tornou-se apátrida.
“Entreguei o documento antes do tempo, sem gralhas”, lamenta.
Recorde-se que, apesar da dureza das medidas, não se espera que sejam muitos os cidadãos a perder a nacionalidade. “Segundo as nossas contas, não chega a 20 pessoas nesta situação”, adianta o agora francês.
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