As propostas do Governo em relação à Lei da Nacionalidade não estão a ser recebidas pela população como o Governo esperava. Quando ouviram que se pode perder a nacionalidade e a cidadania, os portugueses ficaram eufóricos e começaram a cometer crimes.
“Isto é um assalto!”, dizia Simplício, há instantes, para uma pessoa ao lado. “Mas um assalto como?”, perguntava a pessoa ao lado, uma vez que nem uma arma apontada tinha. “Também não sei, acho que agora tem de me dar qualquer coisa sua, contra a sua vontade, enquanto eu lhe dou aqui um encontrão, pronto, só para isto ser violento”, explicou Simplício, que é a primeira vez que assalta. Foi o próprio Simplício a chamar a polícia, durante o assalto, e como estavam a demorar, porque está muita gente a chamar, foi para a fila na esquadra para se ser detido.
Uma sondagem publicada hoje dá conta de que ninguém está contra estas novas medidas da nacionalidade e os portugueses só querem saber, no caso de terem a sorte de perder a cidadania, o que é que vão ser. “Sendo que posso ser qualquer coisa, atenção, não me tire da lista por perguntar, só tenho curiosidade em saber se vou ser francês, marroquinho, norte-americano, islandês, sei lá…”, interrogava-se outro cidadão. “Cidadão por enquanto, calma”, corrige.
Entretanto, o Governo já veio explicar que as novidades na lei são só para quem adquire posteriormente a nacionalidade, ou seja, são só para imigrantes, pormenor que está a deixar os portugueses desnorteados. “Isto parece impossível! É tudo para os estrangeiros, tudo… ‘ma vergonha!”, reclamam, “os portugueses deviam ser os primeiros a perder a cidadania porque já cá estão há mais tempo, ‘ma vergonha!”.