Seguro prometeu acabar com os sem-abrigo e aproveitou para anunciar que já não quer ser primeiro-ministro, quer ser Miss Portugal.
«Eu gostava que Portugal não tivesse pessoas sem-abrigo, crianças sem brinquedos e que o meu camarada e candidato às eleições europeias não tivesse de ter pensado um dia naquela ideia revoltante de poder ter de circular num Renault Clio. Só de pensar nisso… Desculpem…», afirmou emocionado o líder dos socialistas, à saída do provador.
«Vejam lá, este ou este? Este se calhar faz-me um bocado gorda, não é?», comentava então o líder socialista, com o seu núcleo duro. «Pára tudo!», gritou Seguro. «O que foi, o que foi?», perguntou Zorrinho, muito preocupado. «Uma ruga!», gritou Seguro. «Não!», ouviu-se na sala. «Isso foi de estar a dormir a sesta, senhor secretário-geral, o senhor esta manhã não tinha ruga nenhuma», lembrou-se alguém. «Perdemos o concurso!», continuava, histérico, o líder dos socialistas. «Calma. Eles também têm rugas», atirou outro camarada.
Mais tarde, muito maquilhado e numa posição que disfarçava a ruga, o líder do PS e candidato a Miss Portugal aceitou falar sobre mais algumas propostas: «Portugal está a preparar a sua saída do programa de assistência financeira em plena Primavera, por isso ocorreu-me a ideia de enviar algumas das nossas mais belas flores aos credores, porque pelo menos eu, quando me oferecem flores, derreto-me, como é que acham que o Assis me convenceu a ser cabeça de lista às europeias?»