Há muito que estão em prática as receitas electrónicas e em alguns casos sem papel, numa medida que tem tido grande sucesso. No entanto, nem tudo corre bem. Graças ao tipo de letra usada – informática – é tudo facilmente perceptível.
“Hoje percebe-se tudo perfeitamente bem, o que não pode acontecer, porque faz parte dos cuidados médicos a total incapacidade de ler o que está na receita, inclusivamente para os farmacêuticos”, esclarece Simplício, do Ministério da Saúde.
“A medicina tem evoluído muito, como sabemos, mas como!?”, interroga-se, para logo responder, “sem se perceber como ou pelo menos sem se perceber o que está escrito”.
A verdade é que a terapêutica foi, ao longo de anos, feita um pouco ao calhas ou por aproximação ao que parecia estar escrito na receita, fenómeno que pode estar na origem da evolução e do conhecimento científico.
Agora, com as receitas electrónicas, tornou-se tudo demasiado simples, o que para os especialistas pode ser um problema e uma ameaça à saúde pública. “A dúvida é a mãe do progresso da Ciência”, garante um cientista que não quis dar o nome para ficar a dúvida.