Depois de várias localizações possíveis, até em Espanha, acaba de aparecer uma nova hipótese para o novo aeroporto de Lisboa, desta feita pela mão de um grupo de poetas que quis entrar na discussão pública.
“Pouco importa se é aqui, se é ali, quando tem de ser lá, onde se aterra e descola”, declamou Simplício, rodeado por outros poetas bem conhecidos. Questionados então sobre onde é que se aterra e descola, gerou-se uma enorme confusão.
“Calma, calma, calma”, pediu Simplício. “Onde estás tu, repórter? Onde estamos nós? Ninguém está mais perdido do que aqueles que julgam saber onde estão”, atirou, para gáudio dos outros poetas, nomeadamente um surrealista que o beijou demoradamente, antes de subir a um candeeiro de iluminação pública para ficar toda a noite a cantar êxitos do Paulo Gonzo.
Entretanto, ao saberem de uma reunião esta sexta-feira entre o primeiro-ministro e o líder da oposição, sobre o tema do novo aeroporto de Lisboa, os poetas manifestaram interesse em estar presentes, tendo questionado os jornalistas sobre onde seria a reunião. “Lá, onde eles se encontram”, respondeu a imprensa, provocando uma zaragata que obrigou à intervenção rápida de vários cronistas.