Depois do primeiro-ministro ter afirmado que está a levar a cabo uma terapêutica para curar a doença do país, os portugueses já vieram perguntar se era preciso ser só com supositórios.
«Não havia nada de administração oral ou um injectável, vá!?», desabafa Simplício, «já para não falar num chá, porque podia ter-se começado por aí, um chá, um emplastro, uma mezinha, umas férias, dois dedos de conversa, um jantar com amigos… mas não, tinha de ser logo uma prescrição de supositórios, uns atrás dos outros, às vezes dois de cada vez.»
Recorde-se que Passos Coelho usou esta metáfora num encontro com jovens sociais-democratas. À saída, o chefe do Governo encontrou um jovem cheio de alergia, que não conseguia parar de espirrar. Passos Coelho foi até junto do jovem e adoptou então uma terapêutica. O jovem ainda hesitou quando viu um supositório mas a verdade é que deixou de espirrar, pelo menos para fora. Agora só espirra para dentro.