Foi o pandemónio, esta quarta-feira, na Madeira. A Polícia Judiciária desencadeou uma mega operação contra a corrupção naquela ilha, que contou, entre outras coisas, com uma perseguição a alta velocidade em carrinhos de cesto.
Ao saber das diligências, o presidente do Governo Regional enfiou-se num dos carrinhos e deu ordem para arrancarem. A Polícia Judiciária foi no seu encalço pelos mesmos meios.
A perseguição durou largos minutos, começando no Monte mas chegando mesmo às ruas do Funchal, umas já planas, o que deu trabalho redobrado aos carreiros. Pelo caminho foram disparados vários caralhinhos, ou pau da Poncha, pelos operacionais da Judiciária.
Já no centro do Funchal, depois das botas dos carreiros que transportavam Albuquerque – as botas funcionam como travão – ficarem presas numa tampa de esgoto, a PJ conseguiu chegar à fala com o presidente do Governo Regional, que justificou aquela fuga com a necessidade de promover as atracções turísticas da ilha.
“Os senhores vieram aí, eu assustei-me, mas como traziam jornalistas eu achei por bem promover os nossos carrinhos”, explicou, “e tiveram muita sorte porque não me lembrei de ir pelas Levadas”.