Tem-se falado em buscas domiciliárias, mas o Imprensa Falsa sabe que se trata, na verdade, de mudanças. “O senhor inspector, desculpe, mas estão a levar uma cómoda, não vinham só para documentos?”, interrogava-se ontem à tarde um indivíduo.
Também Rui Rio, que foi alvo de buscas esta semana, procurou saber que raio de informação podia ter um canapé que era da sua sogra. O ex-líder do PSD acabaria por não ser detido, tendo as autoridades devolvido o mobiliário ao fim da tarde. Rio ainda chegou a pensar em mudar-se para a varanda, onde passou o dia.
A mesma sorte não teve o co-fundador da Altice, detido esta sexta-feira, dia em que também será presente a um juiz e a um agente imobiliário. “Pela minha parte, pretendo saber as características do imóvel”, explica Simplício, da ERA UMA VEZ.
Questionado sobre este assunto, o Governo confirma que ao programa Mais Habitação se juntou o Mais Prisão. “Naturalmente que, sempre que as autoridades judiciais efectuem detenções, aproveitaremos para colocar no mercado os imóveis”, adianta fonte do Governo. Sobre a hipótese de viverem outras pessoas na mesma habitação, o executivo é peremptório: “São cúmplices.”