Depois de um indivíduo ter registado o capote alentejano em seu nome, o Imprensa Falsa sabe agora que outro registou o gerúndio dos verbos e está cobrando a todos os alentejanos que estão usando.
“Aí está, são 40 euros se fizer o favor, vai querer factura com número de contribuinte?”, acaba de perguntar Simplício, proprietário do gerúndio.
“Mas atenção que eu não registei apenas o gerúndio”, explica, “expressões como ‘atão compadre’ e o advérbio atão, ‘ó homem’ e ‘na me moias’ ou só ‘na’ como expressão de negação, é tudo meu”.
A notícia causou, como seria de esperar, grande consternação na região do Alentejo, onde são utilizadas estas expressões, para além do gosto pelo gerúndio. “Na é coisa que se faça, atão mas agora vamos ficar pagando para falar!?”, lamenta um compadre de Beja, que já vai ter de abrir o cordão à bolsa.