O indivíduo que tinha acabado de contar a Humanidade há uns dias, tendo alcançado o impressionante número de 8 mil milhões de pessoas, está novamente a contar. Uns brincalhões sem respeito pelo trabalho dos outros esconderam-se, obrigando Simplício a recomeçar tudo.
“E já é a terceira vez”, lamenta, “na primeira ocasião ia nos 7 569 milhões e qualquer coisa, perguntam-me se quero factura com o número de contribuinte, começo então a dizer o NIF… pronto, baralhei-me, já não sabia qual era o número de contribuinte, qual era o número em que ia da Humanidade”.
“Espere lá, com isto tudo, ia outra vez em quantos!?”, parece que vai ter de recomeçar tudo mais uma vez. “Um, dois, três, quatro, ali cinco, seis, sete…”, recomeçou.
Recorde-se que, antes de terminar a entrevista abruptamente para não se baralhar mais, Simplício relatou que não é fácil contar a Humanidade, sendo a maior dificuldade manter-se acordado. “Dá muito sono, porque isto é como contar carneirinhos”, explicou, “não são os carneirinhos que dão sono, é contá-los, portanto com as pessoas o efeito é o mesmo”.