Depois da confusão que se instalou com a acumulação de funções do ex-CEO do SNS, o Governo anunciou esta sexta-feira que voltou a chamar Gandra d’Almeida e agora é mesmo para ministro da Saúde, secretário de Estado, presidente do INEM, CEO do SNS, director-geral de Saúde, médico de família de todos os portugueses, presidente das ARS e administrador de todos os hospitais.
“Solicitámos ainda, por via diplomática, ao Vaticano, a análise do perfil de Gandra d’Almeida, tendo em vista a sua canonização, a menos que alguém explique, de modo científico, esta capacidade para estar em toda a parte”, acaba de anunciar o ministro da presidência.
Recorde-se que Gandra d’Almeida foi forçado a demitir-se na sequência de notícias que davam conta de uma acumulação ilegal de funções, enquanto presidente do INEM. Tal acumulação é vista, pelo Governo, não como uma ilegalidade, mas como aquilo que o país precisa.
“Prometemos acabar com as filas de espera e com a falta de médicos de família, demorámos um pouco mais do que desejávamos, mas a partir da próxima semana já será possível dar por concluída essa promessa”, afirmou, há instantes, o primeiro-ministro.
Entretanto, o Governo também propôs o nome de Gandra d’Almeida para director-geral da Organização Mundial de Saúde, cargo para o qual não terá que deixar nenhuma das funções em Portugal.