«De que me serve este grémio, se o não tenho aonde o pôr, de que me sé é é é é é é-r-ve êêêêêêêste gré-ééééé-mi-i-i-i-o, se o não te-e-e-e-nho aoooooooooonde o pôr, plim, plão», foi desta forma que o fado recebeu a notícia da atribuição do Grammy Latino ao fadista português Carlos do Carmo, numa alusão à alegria de receber o galardão, mas sem esquecer as dificuldades por que passam os portugueses, nomeadamente ao nível do espaço nas prateleiras.
Recorde-se que ninguém em Portugal apreciou a atribuição deste prémio. «Como é que acha que eu me sinto, com o fado premiado, como é que aaaaaaaaacha que eu… que eu-eu-eu me siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinto, com ooooooo fa-á-á-á-á-á-á-do pre-mi-a-do, plim, plão!?», cantava também Simplício, outro fadista, que não tem dúvidas em assegurar que se trata de mais uma grande desgraça. «Estou até já a escrever uma letra sobre esta tragédia, que vou cantar mais logo em estreia mundial no Arcos da Madragoa, apareçam», aproveita para anunciar Simplício.