Depois da notícia que dá conta da recusa de 13 marinheiros em entrar no NRP Mondego, porque de dois motores só tinha um a funcionar e o mar não estava para brincadeiras, o Governo apressou-se a apresentar o pacote Mais Embarcação.
O plano consiste em usar os iates devolutos que estão parados nas marinas, pelo menos desde Setembro. “Não nos podemos dar ao luxo de ter a Marinha sem barcos e as marinas cheias de embarcações de recreio”, afirmou o primeiro-ministro.
Já esta tarde, Gouveia e Melo andou pelas marinas a escolher os barcos mais adequados. “Não são os mais adequados, mas pelo menos trabalham”, reconheceu o Almirante, que com esta frota não se importava de entrar num conflito no Mediterrâneo. “Temos capacidade, com este equipamento, para levar a cabo operações em Marbelha, por exemplo”, acrescentou.
Recorde-se que os problemas com os equipamentos militares não são de agora. O material do Exército às vezes aparece noutros locais. Os blindados que oferecemos à Ucrânia estão quase com as peças todas. Quase. Mesmo os submarinos, graças à falta de manutenção, estão para ser cedidos à artista Joana Vasconcelos para ver se se lembra de fazer alguma coisa com aquilo.
Desta vez foi o NRP Mondego, o terceiro navio da classe Tejo, que não estará em grandes condições para se fazer ao mar. “Até está, mas isto com as alterações climáticas as ondas são cada vez maiores”, garante o Governo.