A nova lei do tabaco, já aprovada em Conselho de Ministros, altera também os pontos de venda de cigarros, que se podem limitar a tabacarias e aeroportos. Nem em restaurantes, nem em bares, nem sequer em áreas de serviço.
Com esta medida, é natural que muitas pessoas continuem a sair para comprar cigarros e não voltem, mas neste caso não é porque quiseram fugir ou mudar de vida. É porque os cigarros deixaram de ficar em caminho. Com a nova lei, até voltam, mas uns meses depois.
“Querida, o que é que tu queres!? Só consegui encontrar os meus cigarros no aeroporto de Ibiza, fui andando, andando…”, justificava Simplício, depois de meses fora.
“Mas a lei ainda não está em vigor, Simplício!”, gritou a mulher, numa altura em que optámos por sair porque já não é nada connosco, nem tem interesse para esta notícia.
“Olha, sabes que mais!?”, acabámos por ainda ouvir Simplícia, “vou comprar cigarros, já venho!”.
“Mas tu não fumas…”, soluçou o indivíduo. “Comecei agora!”, acaba de anunciar esta mulher, provando que a lei do Governo pode ser muito contraproducente.