Berardo foi libertado sob caução e não é uma caução qualquer, são 5 milhões de euros. Como não tem sequer um tostão, apenas uma garagem no Funchal, o comendador foi obrigado a abrir o seu WC ilegal, com vista para o Palácio das Necessidades, ao público.
A visita custa 15 euros e inclui a possibilidade de sentar-se no trono de Berardo para uma fotografia que depois também paga à saída.
Segundo o Imprensa Falsa conseguiu apurar, só esta manhã o WC ilegal já facturou 20 mil euros. Aos domingos, ao contrário de muitos museus, não é gratuito, uma vez que o objectivo é ter dinheiro para a caução.
“Seria natural que Berardo tivesse que recorrer à arte, que sempre foi a sua paixão, para pagar esta conta, só não se esperava que abrisse as portas de algo tão íntimo no seu que não é dele acervo, como o WC ilegal com vista para o Palácio justamente das Necessidades”, explica Simplício, crítico de críticos de arte do Imprensa Falsa.