Passados todos estes anos, aquelas senhoras tinham razão. Os automóveis eléctricos, que são o pináculo da inovação e da tecnologia, andam sempre em primeira, provando-se por isso que é completamente desnecessário engrenar mais velocidades num veículo.
“Se agora não era de te enfiar um banano bem enfiado”, comenta a avó Simplícia, que usa aparelho há muitos anos por causa dos gritos do neto a pedir-lhe para meter mais mudanças. “’Ó vó, tens mais mudanças, ó vó, tens mais mudanças…’, raça do fedelho… ao Elon Musk não vai pedir para meter mais mudanças nos Tefal…”.
Recorde-se que Simplícia fazia cerca de 30 quilómetros por dia, sempre na mesma velocidade, encontrando-se muito à frente do seu tempo.
“Era acelerar e quando se estava a chegar perto do alvo, tirar o pé”, relata e hoje parece óbvio, mas foi três décadas antes dos engenheiros chegarem à mesma conclusão.
Simplícia, com 84 anos, teve hoje a oportunidade de experimentar um carro que, na verdade, ajudou a desenvolver. “Pois, é isto mesmo… é andar… mas este é silencioso mas não é tão relaxante, porque o meu tinha um mantra… ali a partir dos 40 km/h começava ‘hããããããããããããããã´, meditei muito com aquilo”, recorda.
