Como se não bastasse todo o espectáculo, pode ter ocorrido um milagre, este fim-de-semana, durante as diligências efectuadas no âmbito do processo Marquês.
Nas buscas à casa do ex-primeiro-ministro, também fizeram uma busca ao seu automóvel, na presença dos suspeitos. O juiz terá então dito “com que então, senhor Perna, esta bagageira não vai estar cheia de notas de 500, pois não?”.
«Estamos feitos», terá sussurrado o empresário. «Calma, pá», pediu o ex-primeiro-ministro. «Não senhores, são livros de filosofia, que eu levava para Paris, para o senhor engenheiro», garantiu então o motorista, embora um pouco nervoso, pois nunca se sabe se estas coisas funcionam.
«Estamos feitos», sussurrou então Sócrates. «Calma, pá», pediu o motorista. «Livros de filosofia, não é? Vamos lá ver então… senhor agente, rebente com a bagageira do engenheiro, se fizer o favor», pediu o magistrado. «Mas eu tenho aqui a chave», terá dito o motorista. «Não teria a mesma graça», explicou o magistrado.
E, de repente, a bagageira do automóvel estava cheia de livros de filosofia, grandes clássicos. «Perna, pá, fizeste um milagre, se nos safarmos disto vou passar a ser eu a conduzir-te», garantiu o ex-primeiro-ministro.
No entanto, acabaram por ficar em prisão preventiva. Em causa, segundo o Imprensa Falsa conseguiu apurar, está um pedido que o juiz fez ao motorista, para ver se conseguia transformar os processos que ele tem na sua bagageira em presentes de Natal, mas o motorista não foi capaz e acabou por ir tudo dentro