As reuniões do Infarmed regressam esta quinta-feira, com a presença de autoridades, governantes, partidos políticos e especialistas. A surpresa é que, na reunião de hoje, também será dada a palavra aos negacionistas para insultarem tudo e todos.
“Entendemos que também é importante ouvir os negacionistas sobre a situação epidemiológica no país, escutar os seus insultos e os sítios para onde nos mandam”, explica Simplício, da organização.
Assim, os negacionistas só podem enviar um representante, como acontece com os partidos, que terá 10 minutos para insultar. “Não precisa de trazer megafone, porque já temos microfone, só se pretender continuar a insultar depois de lhe cortarem a palavra e enquanto é arrastado para fora do edifício pelo vice-almirante”, acrescenta Simplício.
Na sede dos negacionistas, prepara-se a esta hora a intervenção. “Estava a pensar que devíamos dar ênfase a ‘assassinos, bandidos, criminosos’, sem esquecer uma ou outra referência mais pessoal, nomeadamente aos seus progenitores”, afirma um negacionista.
“Atenção que é preciso insultar segundo as regras do protocolo, porque já no outro dia fomos para cima da segunda figura do Estado, antes de ofendermos primeiro o presidente da República, algo que caiu muito mal junto da sociedade”, lembra outro.