Depois das declarações do primeiro-ministro e das explicações do presidente da República sobre as declarações do primeiro-ministro, o Imprensa Falsa fez o correcto que foi ir perguntar aos próprios portugueses se se importam ou não com a transparência e a corrupção.
“Muito preocupados, muitíssimos preocupados, a corrupção é do pior que há, meu amigo, mina tudo, mina os alicerces do Estado de Direito, é a maior ameaça à democracia”, explica Simplício, em representação dos portugueses, “agora… isto por uma determinada quantia, é claro que se pode rever esta opinião e dar mais atenção, sei lá, a outras coisas”.
Questionado sobre de que valores falamos, Simplício diz que qualquer coisa simbólica, “uns milhões num paraíso fiscal”. Aparentemente, o valor foi considerado uma loucura e impossível de acompanhar. “Milhões? Impossível… estávamos a pensar num pequeno ajuste directo para cada um…”, sugere o corruptor, que não pode dar o nome por razões óbvias.
“Pronto, é pena, porque a corrupção, de facto, corrói todos os princíp…”, ia a desabafar Simplício, até ser interrompido pelo corruptor, que lhe segredou algumas coisas.
“A corrupção estará sempre entre as nossas preocupações, mas a confiança que temos nestes tempos levam-nos a dirigir a nossa atenção para outros aspectos, que consideramos por agora mais urgentes, como as casas de banho mistas”, lá concluíram os portugueses.