Sem exagero, a imprensa dita verdadeira dá conta de que já não há uma gota de combustível em qualquer área de serviço, os alimentos também já eram e metada da população sucumbiu numa batalha num posto de abastecimento.
“Pelo menos, isso é o que podemos constatar neste momento, vamos aqui falar com mais esta pessoa que tem uma mangueira de gasóleo simples espetada naquilo que nos parecer ser o seu rabo… por favor, o senhor desculpe, conseguiu abastecer?”, pergunta o repórter.
“Perfeitamente, enchi o depósito, estive 5 minutos na fila, tudo tranquilo”, esclarece o entrevistado “Cá está, este automobilista também não conseguiu abastecer, o desespero é bem visível nas suas palavras, não sabe se algum dia poderá regressar a casa e não encontra alimentos para a sua família”, conclui o repórter.
“Mas eu fui às compras, tenho a mala cheia”, corrige o entrevistado. “Nestas alturas é costume as pessoas começarem a delirar, em parte devido à falta de água que também já se verifica”, remata o repórter, antes de passar para o estúdio.
“Uma situação dramática, vivida um pouco por todo o país”, acrescenta o pivot, “vamos agora para outro posto, onde decorre neste momento uma intensa batalha”.
Entretanto, recorde-se que já surgiram algumas críticas relativamente à cobertura que a imprensa está a fazer desta greve, mas os jornalistas são peremptórios: “Ah, pois, mata-se o mensageiro como sempre…”.