“Isto não dá jeito nenhum, meu amigo”, barafustava Simplício, esta manhã, enquanto tentava votar sempre em mobilidade. “E enganei-me, era no do lado, mas pronto”, desabafou, sempre sem parar pela assembleia de voto.
Muitos eleitores estão a interpretar mal a ideia de voto em mobilidade e pensam que não podem parar na cabine para fazer a cruz tranquilamente. “Sei, sei, nestas eleições há o voto em mobilidade, já vim com roupa adequada e tudo”, afirma também Simplícia, à espera para votar.
“Mas a espera também não devia ser assim em fila”, sugere, “devia ser em comboiinho aqui pela escola, para começarmos logo o exercício”.
A novidade tem sido, portanto, bem recebida. “Sim, cumprimos um dever enquanto combatemos o sedentarismo”, ouve-se.
“Para mim o grande benefício é que assim fica mais rápido porque as pessoas não podem parar na cabine, é votar e andar, ou melhor, votar a andar…”, acrescenta outro eleitor, “as idas ao Multibanco é que também deviam ser em mobilidade, se é que me entende…”.