A greve do INEM nos últimos dias acabou por coincidir com a entrada no mercado de telecomunicações de uma operadora com preços muito em conta. Como tal, os portugueses só andaram a ligar para as suas operadoras, mesmo em situações de emergência.
“Ai que horror, que horror, vou já ligar para o 112”, gritava em pânico, ontem à tarde, uma testemunha ocular do atropelamento de Simplício. “Minha senhora, minha senhora…”, pedia Simplício, visivelmente aleijado. “Diga, diga… o que deseja? Quer um copo de água? Tragam-lhe água”, gritava a mulher.
“Não, não é água, queria apenas pedir-lhe para não ligar para o 112, mas para a NOS a dizer-lhes que vou mudar para a DIGI, porque era por isso que eu ia a correr…”, pediu Simplício. “Mas o senhor está todo partido, temos de pedir ajuda”, explicava outra pessoa que também tentava ajudar.
“Eu sei, eu sei, foi uma grande trancada, mas verdadeiramente urgente é mudar ou renegociar o contrato, isto são só uns ossos partidos”, justificou Simplício, numa altura em que as pessoas à volta começavam então a tentar contactar a sua operadora.
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