O Governo cumpriu a ameaça e foi atrás dos motoristas de matérias perigosas que não cumpriram a requisição civil. Nos últimos dias, a polícia tem ido bater à porta de quem não aparece para trabalhar.
No entanto, os motoristas conseguiram dar a volta ao texto e garantem que não se lembram de ter feito greve nem têm memória de não ter ido trabalhar.
“Foi há muito tempo, os senhores agentes falaram-me em ontem e eu vou assim ‘lembro-me lá do que fiz ontem, amigo, tenho de ir ver aos papéis’”, explica Simplício, motorista em greve.
A verdade é que não só já não vão presos como inclusivamente devem apresentar-se na sexta-feira no Palácio de Belém para uma condecoração.
“Mais uns bons exemplares da nossa memória colectiva, ou melhor, da falta dela”, pode ler-se no comunicado da Presidência.