O antigo primeiro-ministro não aguentou a pressão e com o fim do prazo para o Ministério Público a acusar, mas com a notícia de que pediu mais 60 dias, José Sócrates acabou por ser ele próprio a acusar-se.
“Espere lá, tenha calma, vai ver que eles ainda se esquecem disto”, tentou tranquilizar o seu advogado, mas Sócrates estava decidido a fazer a acusação.
“Corrupção passiva para a prática de atos contrários aos deveres do cargo, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais, falsificação, recebimento indevido de vantagem e tráfico de influências”, apontou num requerimento que vai ser entregue no Tribunal. “E também tenho uma multa que ainda não prescreveu, parei em segunda fila”, concluiu.