A rotação da terra – sobretudo o sol que nos ilumina – talvez marque alguma coisa. É uma diferença do dia para a noite. Já o ano é uma coisa mais burocrática. O ano judicial, o ano fiscal, o ano em geral. Burocracia da mais pura.
Como motivo para uma boa festa, está bem. Mas isso até uma multa de estacionamento devia ser razão suficiente para juntar amigos e brindar durante horas.
Esta cena de estarmos todos em filinha, à espera do novo ano, como se isto fosse um escorrega enorme ou um salto de bungee jumping é que já não faz tanto sentido. É que à meia noite não se abre um alçapão. Aliás, não se abre nada, a não ser garrafas.
Depois temos aquela questão da ironia. Um país em que não se cumpre um único prazo, nem sequer num almoço de amigos, consegue entrar no ano novo às zero horas do dia 1 de Janeiro. É esquisito. Portugal só devia passar o ano lá para Novembro. E não seria seguramente para 2016.
Bom ano!
