O Dia de Portugal deste ano não valeu para o susto. Depois de se ouvir falar em “professores” e “peso da régua”, a maioria dos portugueses escondeu-se e ainda não apareceu, já hoje é dia 11.
“Não sei dele, já percorri tudo, estávamos a ver as cerimónias do 10 de Junho, começou a ouvir falar em professores e peso da régua, primeiro foi para trás do sofá, mas depois disse que ia comprar cigarros e eu estranhei porque ele nunca fumou”, recorda Simplícia, que não sabe do seu marido, um indivíduo que sempre teve problemas na escola.
Segundo as autoridades, o problema tem sido sentido sobretudo nos mais velhos, que ainda se recordam bem da utilização de material escolar para a aplicação de sanções disciplinares. “Lembro-me perfeitamente, sou arquitecto e não consigo desenhar rectas, não consegui voltar a olhar para réguas, perdi muitos trabalhos à conta disso”, desabafa Antoni Gaudí.
Certo é que, naquele tempo, o comportamento dos alunos era muito melhor. “Dos alunos e dos pais, que muitos também ficavam uns dias sem se conseguirem sentar quando vinham aí pedir explicações”, recorda uma professora que, quando questionada se concordava com estas práticas, pediu para ir ao escritório buscar uma “coisa”. O IF foi-se embora, claro.