São vários os passageiros da TAP que se queixam de ter sido despachados dentro de uma mala, noutras companhias. “Chegou lá ou não chegou? E não era isso que queria?”, limita-se a questionar a TAP.
“Foi desconfortável, no check-in começaram a meter-me dentro de uma mala e eu vou assim ‘mas o que é isto?’ e eles nada, montaram-se em cima da bagagem para tentar fechar”, recorda Simplício, que tinha um bilhete de Lisboa para o Rio de Janeiro.
Simplício acabaria por ser despachado noutra companhia. Como seria de esperar, a mala perdeu-se. “Andei pelo mundo todo, pelo menos a ver pelos dialectos que ia ouvindo do interior da mala”, relata, “gostei da Tailândia, mas só porque não atiram com as malas, porque de resto não conseguia ver nada”.
Recorde-se que a companhia aérea nacional tem enfrentado graves problemas logísticos, tendo sido obrigada a encontrar soluções para não cancelar voos. A opção por despachar os passageiros na bagagem prende-se com o facto de os voos das outras companhias estarem cheios, havendo espaço apenas no porão.
Entretanto, a TAP pondera vender os bilhetes com preços diferentes consoante já não o lugar no avião, mas o tamanho da bagagem em que o passageiro é despachado. “Suponhamos”, supõe uma fonte da companhia, “o ricos podem optar por uma mala espaçosa e almofadada, enquanto alguns remediados podem ir inclusivamente em mochilas, mas com uma tarifa discount”.