Depois do grande protesto desde sábado, em várias cidades, a exigir habitação para todos, os manifestantes regressaram este domingo às ruas porque se esqueceram de dizer que a habitação tem de ser virada a sul.
“Estamos aqui hoje outra vez para dizer que a habitação tem de ser virada a sul e ter varanda, porque de outro modo a roupa não seca”, grita Simplícia, “também há a questão da saúde, eu estou hoje numa casa virada a norte e tenho problemas derivado da humidade”.
“As viradas a norte podem ser para alojamento local”, lê-se também num cartaz, “os turistas que levem com o mofo”.
“Eu exigi ao meu senhorio que fizesse obras na casa, virando-a para sul, mas ele recusou-se”, lamenta Simplício, que também está a participar no protesto deste domingo, “eu expliquei-lhe que à hora a que o sol bate eu ainda estou a dormir, mas ele não se mostrou nada preocupado, estou há meses na penumbra e isso já me afectou a saúde mental, foi-me inclusivamente prescrita pitaia duas vezes ao dia”.
Recorde-se que o protesto estava a correr bem, até que, tal como ontem, um grupo de manifestantes tentou partir uma monta. A montra voltou a ganhar e o grupo está a ser assistido.