O primeiro-ministro afirmou esta terça-feira que Nuno Crato “há-de regressar à sua universidade”, o que levou a universidade a responder imediatamente, implorando ao chefe do Governo: «Não, por favor não, nós fazemos o que o senhor quiser, o que é que o senhor quer? Diga, que nós fazemos, mas por favor, não o deixe voltar, a sério, senhor primeiro-ministro! Não precisa dele lá na Tecnoforma? Hã? Claro que é preciso um matemático num aeródromo, pronto, está decidido, não está? Diga que está, dr. Coelho, por favor…»
Entretanto, Passos Coelho acabou o que estava a dizer: «Crato há-de regressar à sua universidade, mas não é já.»
«Ai louvado seja o Senhor primeiro-ministro», gritou a universidade, «pronto, pelo menos não é para já…».
«Não queira saber o que isto era quando estava cá o professor Crato», explicou-nos então Simplício, colega de Crato na universidade. «Ele um dia quis fazer umas mudanças, de maneiras que os funcionários do bar passaram a reitores, mas da universidade do Porto, veja bem… entretanto os reitores apareciam como alunos do primeiro ano, mas da universidade do Algarve. Eu aparecia em Erasmus na Complutense de Madrid, bom, só lhe digo, foi para aqui uma confusão que durante um semestre não houve aulas.»