Fala-se da entrada das abelhas para a lista de espécies em vias de extinção, uma matéria que me provoca sentimentos contraditórios.
Por um lado, as abelhas são muito importantes. E quando se diz que são importantes, não é porque a natureza é muito bonita e coiso. Não. São mesmo importantes. Precisamos mesmo delas. São essenciais. Reparem como estou a engonhar, pois não me ocorre a explicação para a importância das abelhas. Já li sobre isso, mas entretanto passou-me. Há-de ser qualquer coisa relacionada com o ecossistema e com flores. Mas o que interessa é que são mesmo importantes. E não são importantes como o Presidente da República, por exemplo. São mesmo importantes.
Por outro lado, puta que as pariu, que a sua extinção é porventura das melhores notícias dos últimos tempos. Lembrem-se de todas aquelas que vos picaram, que não vos largaram o prato ou que não respeitaram a ordem de dispersar dada pelo tradicional assobio. A verdade é que não podemos gritar “ai que nervos, odeio abelhas” e depois lamentar a sua extinção.
Resumindo, todos aqueles que têm consciência da relevância das senhoras que fazem o mel, devem aproveitar este momento delicado para com elas fazerem as pazes. Da próxima vez que derem com uma no prato, não devem vociferar e muito menos assobiar. Devem colocar uma tigela ao lado para a bicha. E se ela picar, não é puta. Putas somos nós. (Não nos podemos esquecer que precisamos delas.)