Há quem considere uma promessa eleitoralista, mas a divulgação da lista, em plena campanha, de ex-políticos que recebem pensões vitalícias levou vários partidos a prometer acabar com a despesa, muito rapidamente, até talvez logo na noite seguinte à tomada de posse, e sem deixar pistas.
“Aquilo que o CDS propõe, já há muito tempo, é aplicar o modelo arménio, porque neste caso o modelo irlandês não funciona, eliminando esta despesa de forma rápida, eficaz e sobretudo limpa”, afirmou esta manhã Assunção Cristas.
“Faz sentido?”, questiona ainda a centrista. “O CDS acha que sim”, responde.
Também o PSD se mostrou disponível para ir pelo mesmo caminho. “Aquilo que eu estou farto de dizer é que os problemas têm de ser cortados pela raiz e neste caso, mais uma vez, se prova aquilo que eu estou farto de dizer que é o que tenho dito há muito tempo”, adiantou Rio.
“No Porto fartei-me de ‘eliminar’ despesa, eu directamente não, mas através do Nuno Tripas que posso garantir que o apelido não é dele, se é que me entendem”.
À esquerda, o Bloco de Esquerda concorda com a ideia de acabar com estas subvenções. “Para o Bloco esta é uma questão de saúde e com a saúde não se brinca e o Bloco não brinca com a saúde dos portugueses”, esclarece Catarina Martins, “o Bloco mandará limpar o sarampo a estas pessoas”.
Já o PCP aproveita para criticar a direita, nomeadamente o CDS, lembrando que não é preciso ir buscar lá fora nada. “P’tanto temos em Portugal pessoas perfeitamente capazes de executar p’tanto esta tarefa com profissionalismo, p’tanto rapidez e higiene”, garantiu Jerónimo de Sousa.
Para o PS, o caso é um pouco mais dramático do que parece, colocando em causa o país tal como o conhecemos, pelo que foram tomadas medidas excepcionais, o secretário-geral ameaça demitir-se, foi imposto o recolher obrigatório, ninguém pode abastecer mais de 15 litros e os portugueses terão de trabalhar sábados e domingos, seja qual for a profissão.
Por último o PAN concorda com todos, mas acha que este é uma assunto que devia ser deixado com os leões. “O PAN acha que há matérias que já podem ser tratadas exclusivamente por bichos e este é um desses casos”, afirmou o líder.