Na sequência das palavras do presidente da República, o primeiro-ministro apresentou esta sexta-feira a sua demissão. Num comunicado que chegou há instantes às redacções, Costa diz que “não podia, em consciência, depois do que ouviu, permanecer em funções”.
O chefe do Governo, na mesma nota, agradece a todos os ministros e ao seu gabinete, mas acrescenta que “está em causa o regular funcionamento das instituições democráticas” e que o país “está em primeiro lugar”.
Entretanto, depois da publicação da nota, António Costa anunciou uma declaração. “Todos estamos de acordo que a situação é difícil, o meu gesto, ao apresentar a demissão, é da maior nobreza, mas não posso, em consciência, aceitar”, acaba de afirmar.
“Não fui eu, nem o ministro, nem o mercúrio retrógrado, isto foi tudo aquele maluco descompensado do ex-adjunto”, acrescenta, “portanto ele é que se devia demitir, se pudesse, porque já o fizemos e porquê? Porque somos competentes”.